quinta-feira, janeiro 21, 2010

Uma grande fada

fada do desemprego

A ministra do Trabalho Maria Helena Ande afirmou que não tem uma varinha mágica para saber até onde vai crescer o desemprego.
Pessoalmente, acredito que ela não seja realmente uma grande fada que vai resolver o problema de tantas centenas de milhares de desempregados, mas era bom que tivesse uma ideia da desgraça que ainda para aí vem. É que estamos a falar de pessoas e da miséria que pode bater à porta de qualquer um de nós a qualquer momento. Claro que também sei que eles estão salvaguardados dessa desgraça, ou mesmo de virem a ser vítimas de trabalho precário pago com ordenados de miséria, eles sabem que terão sempre administrações, fundações ou outros “ões” de qualquer tipo para gozarem o “merecido” prémio por serviços prestados. Eles sabem que terão sempre uma fada madrinha, com ou sem varinha mágica para os proteger.

3 comentários:

  1. Quando é que o povo lhes dá a Foda Madrinha?que bem merecem.

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  2. Caro
    Kaos,
    Nem esta nem nenhum outro ministro vão conseguir resolver seja o que for, porque à partida jogam num jogo viciado.
    Repare nesta parvoíce, para se criar emprego e conseguir mantê-lo, há em primeiro lugar, que dar estabilidade às empresas, neste sistema actual não há quaisquer hipóteses disso acontecer, porque pura e simplesmente tem as portas abertas de par-em-par para quem cá quiser entrar e vender os seus produtos.
    O regime transformou este país numa prostituta de perna aberta, é pagar e entrar, tudo entra, ora, num regime destes qual é a possibilidade de se concorrer com produtos vindos da China, da Índia e de muitos outros países que empregam mão-de-obra a preço da chuva, isto, para além de não terem um regime laboral semelhante ao nosso, trabalham, se for preciso, 14 ou 15 horas por dia com salários de miséria, não tem sistemas de segurança social ou se tem, são muito básicos e não tem problemas com o trabalho infantil, o qual não é permitido nos países ocidentais (por enquanto, lá chegaremos), mas que nessas economias ditas emergente são o pão nosso de cada dia, assim, como é que se pode manter ou até criar mais trabalho???
    Claro que esta conversa da ministra e dos outros políticos, não passa de conversa de chacha, o que iremos observar é cada vez mais desemprego, até porque, o que já se está a ver, como foi o caso das grandes superfícies há umas semanas, é querer que os trabalhadores trabalhem 60 horas, ou seja, querem aproximar o nosso regime de trabalho, aos regimes de trabalho semi-escravo dos países orientais, por algum motivo o ex-ministro da Economia (o tal dos corninhos), foi à China tentar "vender" mão-de-obra nacional, ora, se a mesma ainda estava cara e incapaz de interessar ao grande patrão chinês, só havia era que desestabilizar os empregos para depois as pessoas se oferecerem por tuta e meia e dispostas a trabalhar as horas que lhes forem exigidas.
    Curiosamente, os partidos dos trabalhadores e dos proletários, não mexeram uma palha, disseram umas quaisquer baboseiras e não passaram disso, assim, como que entrando no jogo do grande capital, nunca foram capazes de se manifestarem por sermos invadidos pelos produtos orientais, que tem destruído boa parte da nossa industria, artesanato e principalmente do pequeno e médio comércio, o qual é esmagado pelos preços sem concorrência (e na maior parte das vezes, sem qualidade) desses produtos vindos de países de mão-de-obra barata.
    Podemos concluir, que enquanto este sistema de livre trânsito se mantiver, não há quaisquer hipóteses de criar novos postos de trabalho (a não ser na prostituição, que está a crescer de dia para dia), e qualquer anúncio que estes propagandistas da banha-da-cobra fizerem, não passa disso mesmo, de pura propaganda.
    Daqui a um ano veremos se não tenho razão, hoje, temos 600 mil desempregados, para o ano, no mínimo, teremos de 650 a 700 mil, pelo menos.
    Cumprimentos.

    LUSITANO

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