sábado, agosto 30, 2008

Vai tudo de cana

A cadastrada

É no meio da estival paranóia geral com o crime, no dia em que o governo vem apresentar o nome do novo cargo de superpolícia, o Secretário-geral da Segurança Interna Mário Mendes, aparece o Paulinho das Feiras, numa acção que pouco mais é que populismo barato, com uma mão cheia de propostas para garantir a resolução do problema; menos direitos, maior celeridade na condenação e mais prisão. Nada tenho contra que quem pratica crimes seja castigado, mas gostava de ver esta gente aplicar as mesmas ideias e as mesmas regras para outros crimes igualmente graves, por roubarem todo um povo; os crimes de corrupção, de lavagem de dinheiro e tráfego de influências. Tão grave é deixar em liberdade um ladrão que rouba uma carteira como quem rouba o estado. Não se compreende que ainda hoje não nos tenha sido apresentado o tal de Jacinto Leite Capelo Rego, que os casos “submarinos” que por aí andam nunca venham à tona, que os “furacões” se transformem em mal cheirosas bufas, que todos os processos que aparecem em publico se arrastem interminavelmente para acabarem em prescrições ou em absolvições por erros processuais. Prendam-se os criminosos, mas prendam-se todos. Não sei é se vai haver prisões que cheguem para tanta gente.

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

5 comentários:

  1. Vejo que ainda não lhe tocou na rifa você, a sua mulher, ou os seus filhos, serem vítimas dum (como foi que escreveu?) dos tais paranóicos. Ainda bem para si, mas é pena... passava logo a ter mais juízo. A menos que faça vida de paranóias!

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  2. Meu caro Kaos, é inconcebível andares tão mal informado... Então não sabes do novo concurso internacional? Informa-te em:

    http://porquemedizem.blogspot.com/2008/08/grande-mega-super-concurso-imobilirio.html#links

    Escusa de me agradecer...
    Um abraço,
    quink644

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  3. Anónimo1/9/08 11:33

    Cronica de hoje no JN de Manuel António Pina.
    Os suspeitos do costume
    00h30m

    Segundo números da ONU, Portugal, com um total de 464 878 polícias por mil habitantes, é o 2.º país mais policiado da UE (aqui ao lado, a Espanha tem, por exemplo, 2,86).

    Surfando eleitoralmente sobre a "onda de criminalidade" que este mês se abateu sobre jornais e TV, Portas exige agora, além de mais quatro mil polícias, a instalação de videovigilância em "bairros problemáticos". Ora, apesar de aparentemente ter aumentado este ano, a criminalidade em Portugal está aos níveis de 2006, pois em 2007 baixara cerca de 10%. E isso sem mais polícias (embora com outro Código de Processo Penal). Não parece, pois, que seja com mais polícias que o "problema da criminalidade" se resolve. Já a videovigilância em locais "problemáticos" pode ser boa solução. E não apenas em bairros sociais. Porque não também em urbanizações de luxo? E em restaurantes onde se realizem "jantares de negócios"? E em serviços de urbanização camarários? E em gabinetes ministeriais "problemáticos" onde se façam leis sobre casinos, se tomem decisões sobre sobreiros e submarinos ou alegadamente se fotocopiem documentos secretos?

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  4. Anónimo1/9/08 11:36

    -Feita a medida para proteger os grandes ladrões ex. SIRESP.
    a.ferreira

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